“Néctar dos deuses, consolação dos mortais, o vinho é uma maravilhosa bebida que tem o poder de afastar as preocupações e dar-nos, ainda que seja apenas por uns instantes, a visão do Paraíso.
Sempre quis ter uma adega de vinhos. Não me refiro às seis garrafas no fundo do armário, como eu tenho, mas sim a uma cave fria, escura e bordada com teias de aranha, com uma porta de madeira com três fechaduras cujas chaves poria à cintura, onde se guardassem durante anos garrafas de excelentes vinhos. Imagino a cerimónia de descer com uma vela ao ventre da terra para ir buscar o complemento perfeito que realçasse o jantar…
Os vinhos realçam o sabor da comida. Escolher o adequado para cada prato é uma ciência e uma arte… brancos fracos, brancos encorpados, rosé, tintos fracos e tintos encorpados… o mistério consiste em encontrar o equilíbrio entre a bebida e a comida: suave com suave, fraco com fraco, forte com forte, doce com doce.”
Isabel Allende – “Afrodite – histórias, receitas e outros afrodisíacos”, (ed. Difel)
Sempre quis ter uma adega de vinhos. Não me refiro às seis garrafas no fundo do armário, como eu tenho, mas sim a uma cave fria, escura e bordada com teias de aranha, com uma porta de madeira com três fechaduras cujas chaves poria à cintura, onde se guardassem durante anos garrafas de excelentes vinhos. Imagino a cerimónia de descer com uma vela ao ventre da terra para ir buscar o complemento perfeito que realçasse o jantar…
Os vinhos realçam o sabor da comida. Escolher o adequado para cada prato é uma ciência e uma arte… brancos fracos, brancos encorpados, rosé, tintos fracos e tintos encorpados… o mistério consiste em encontrar o equilíbrio entre a bebida e a comida: suave com suave, fraco com fraco, forte com forte, doce com doce.”
Isabel Allende – “Afrodite – histórias, receitas e outros afrodisíacos”, (ed. Difel)
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