“Os primeiros anos da minha vida passei-os junto ao fogão da cozinha da minha mãe e da minha avó, vendo como estas sábias mulheres, ao entrarem no recinto sagrado da cozinha, se convertiam em sacerdotisas, grandes alquimistas que brincavam com a água, o ar, o fogo e a terra, os quatro elementos que constituem a razão de ser do universo.
Foi aí, junto ao fogão, que recebi da minha mãe as primeiras lições de vida.
Na cozinha conciliam-se os quatro elementos da natureza num prato só e um quinto elemento mais, que eu acrescentaria, e que é a carga afectiva, sensual …. que cada pessoa transmite à comida no momento de a preparar. É esta energia que converte o acto de comer num acto de amor.
Alimentamo-nos para viver e por viver. O prazer da comida tem lampejos de vida eterna. Porém, não é só o acto de comer que é fundamental, sendo-o também o cerimonial de preparação e partilha dos alimentos.”
Laura Esquivel – “Íntimas suculências – tratado filosófico de cozinha”, pág. 15, 16, 82, 99
Foi aí, junto ao fogão, que recebi da minha mãe as primeiras lições de vida.
Na cozinha conciliam-se os quatro elementos da natureza num prato só e um quinto elemento mais, que eu acrescentaria, e que é a carga afectiva, sensual …. que cada pessoa transmite à comida no momento de a preparar. É esta energia que converte o acto de comer num acto de amor.
Alimentamo-nos para viver e por viver. O prazer da comida tem lampejos de vida eterna. Porém, não é só o acto de comer que é fundamental, sendo-o também o cerimonial de preparação e partilha dos alimentos.”
Laura Esquivel – “Íntimas suculências – tratado filosófico de cozinha”, pág. 15, 16, 82, 99
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