Sexta-feira. Dia de compras. Dia de ida ao supermercado.
Facilmente me perco rodando pelos corredores repletos de produtos, escolhendo e pesando legumes e fruta, pesquisando a carne e o peixe mais frescos, imaginando o sabor dos queijos embalados, optando por este ou aquele vinho tinto, desfolhando os últimos livros editados.
Facilmente me encontro no prazer de uns momentos felizes que me fazem sentir feliz.
“Ia às compras porque estava aborrecida, porque precisava de sair de casa, mas principalmente porque o supermercado me dava paz e prazer: a boa ventilação, a brancura, a limpeza, a música de fundo, o suave assobiar dos carrinhos. E depois havia todas aquelas opções: este ou aquele molho para o esparguete, esta ou aquela pasta dentífrica, e assim por diante, sem parar. Eu achava-o sedativo. Fazia-me bem ao espírito. Outras mulheres minhas conhecidas jogavam ténis ou praticavam ioga. Eu ia às compras.”
J. M Coetzee - “Verão”, pág. 29
30 abril, 2010
Divagações (1)
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